terça-feira, 18 de novembro de 2008

Ainda sobre saudades

Da melancolia que oprime e faz com que o ar se torne insuficiente para a câmara pneumática entre as costelas, tiro a conclusão que o passado entristece não apenas porque não teremos a sua experiência outra vez. A verdade é que o tempo que passa cuida não só de levar embora as memórias – mesmo as mais felizes – prima também por torná-las arruinadas, devastadas, perdidas de tanta manipulação.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Conforto | Desconforto

Queria ir para casa ler "O Longo Inverno" da Laura Ingalls, deitado no sofá, com meias brancas nos pés, café e bolo ao alcance da mão.
Ah! E queria ter nove anos de idade, também.

...

Rápida reflexão sobre o comportamento típico de alguns jornalistas de redação ao atender um telefonema de assessor: polidez, essa desconhecida.

Makes you wanna feel, makes you you wanna try, makes you wanna blow the stars from the sky

Nunca senti tantas saudades de casa, do meu pai, do meu sobrinho, do meu gato de estimação. A vida aqui é legal e as regras do meu tabuleiro continuam dentro do fairplay que me impus desde o ano passado (aliás, amanhã faz exatamente um ano que pedi demissão do meu emprego em salvador para seguir meu destino de neo retirante aqui em São Paulo).

Sou feliz, tenho um amor.

Mas de quando em quando pesa uma aflição situada entre as costelas e o umbigo, como um puxador de porcelana bem pesada, como se meu peito fosse uma gaveta emperrada em uma cômoda.

É novembro, as tardes estão quentes e nubladas.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

blow out that cherry bomb



life can be so fair
let it go on and on
i can push for good
you got that cherry bomb
blow out that cherry bomb for me
we lost it long ago
you and me


os dias da semana vão passando por mim com esforço, como uma porta de madeira que prende no chão. a vida não anda fácil, nem boa, estou um poço de melancolia e mágoa. aguardo o sábado.