terça-feira, 28 de abril de 2009

quero, quero, quero, fiquei querendo

Eu quero viajar. Eu quero ir à praia. Comprar picolé capelinha. Eu quero ter 17 anos de novo. Eu sinto falta da Mesbla. Dos natais de 94 até 97. Eu sinto saudade de nós dois quando essa história só tinha começado. Eu não esqueço os antigos apartamentos em que morei. Eu não me conformo que o tempo passe. Cinco anos não são nada. Os últimos meses passaram tão depressa que eu nem notei. Sinto falta dos dois primeiros anos de faculdade. Os outros dois não significaram nada. Eu lembro com detalhes de certos dias de aula no colégio. Eu terminei o colégio há 16 anos. Meus sonhos ainda são os mesmos. Poucas vontades novas surgiram no elenco. Algumas ficam do meu lado, outras continuam me abandonando. Desde aqueles dias. Eu trabalhei na Pé do Atleta. Eu trabalhei em Buffet. Eu trabalhei em Livraria. Fui e voltei a ser assessor de imprensa. Já fui a Europa duas vezes. Nunca fui a Itaparica. Eu nunca mais fui a uma festa. Eu nunca mais dei uma festa. Amanhã é bem capaz de eu acordar, pegar um ônibus e entrar no Sartre. Assistir aula de Miguel. Depois almoçar com minha irmã. Qualquer dia pode ser 1993, mas só os dias mais tristes têm sido 2009.

2 comentários:

Anônimo disse...

é... minha alma celebra hoje 658 anos. E está ficando sem dentes, querido. Sei bem. Isso é suficiente. Poxa...

Matheus Chiaratti disse...

parabéns pelo texto sincero, que a mim me trouxe também muita clareza e reflexão. rs

a frase final é chave.
abraço