sexta-feira, 5 de setembro de 2008

i live for that look

Quase dois meses se passaram e agora sou um executivo de atendimento em uma agência de comunicação and it’s almost all about power suits mas eu confesso que estou gostando e gostar de um emprego é algo essencial. O ar continua terrivelmente seco e pelos céus de Moema os aviões voam baixo e no ronco deles ouço as minhas saudades fervilharem. Quero meu pai, minha irmã, minha mãe, meu sobrinho. Sou bem feliz. Escuto Jonathan Richman quando venho no metrô para o trabalho e lembro de Mariana Neri tocando essa música na minha malfadada estréia como DJ em um bar – guess what? – lá de Salvador.

Todo dia já faz muito tempo que alguma coisa aconteceu e converso muito com taxistas em pequenas viagens de trabalho entre a zona sul e a zona oeste e rio no escritório e minhas palavras descrevem arcos quando saem da minha boca em direção ao passado, ao futuro, feito uma planta aquática de raízes balouçantes – imagem ruim é foda quando resolve se alojar na cabeça da gente.

Vai, vai, só pra subir mais uma data. O tempo passa, o vento arrasta.

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